Manaus, a capital do estado do Amazonas e um dos principais centros financeiros da Região Norte do Brasil, é também a cidade pioneira na realização do projeto da ProFuturo.
A capital mais populosa da Amazônia, está localizada no rio Negro, localizado no coração da maior floresta tropical do mundo. De sua vizinhança você pode ver ilhas, arquipélagos e extensas áreas ecológicas, bem como o encontro com as águas do rio Amazonas.
No coração da cidade da maior reserva natural do homem, a rotina diária da professora María Bernardete começa muito cedo. Às seis da manhã, ela está pronta para pegar o ônibus que a leva para a escola na Comunidade de Santa Marta, no bairro de Novo Israel.
María Bernardete está consciente dos grandes contrastes sociais que o seu país tem por causa da dimensão continental e das fortes ondas de imigração produzidas ao longo da história. Consciente do sistema educacional, ela sabe que as desigualdades existentes reduzem as possibilidades de progresso para crianças e jovens de baixa renda, o que significa que apenas 7 de cada 100 estudantes que entram na escola pública continuam na universidade.
Ela mesma superou muitas barreiras e teve que percorrer um longo caminho para se tornar uma professora. De família humilde, Bernadete aprendeu a ler e a escrever com a mãe antes de entrar na escola porque ficava a muitos quilômetros de casa. Anos depois, matriculou-se em um curso técnico em contabilidade, mas onde realmente encontrou sua vocação como educadora, após graduar-se em Pedagogia e Psicopedagogia.
“Meu primeiro aluno foi meu filho, depois apareceram sobrinhas e algumas crianças do bairro. Quando percebi, estava alfabetizando 10 crianças ao mesmo tempo”, lembra.
“Gosto muito dessa profissão porque as pessoas aprendem mais do que o que é ensinado”
Aos 50 anos, Bernadete passou no concurso da Secretaria Municipal de Educação de Manaus e hoje leciona na Escola Municipal Arquiteta Angélica Maria Vieira da Cruz para alunos do ensino fundamental, além de atuar como coordenadora do Projeto Mais Educação – que atende cerca de 100 crianças – e dar aulas de reforço para os alunos da mesma escola.