A educação como um ativador da justiça social

Axel Rivas, experto en política, innovación y justicia educativa, aborda algunas cuestiones clave sobre la importancia de la educación como activadora de la justicia social y los retos educativos que se presentan como consecuencia del papel transformador de la tecnología.

A educação como um ativador da justiça social

 

Axel Rivas, especialista em política educacional, inovação e justiça, aborda algumas questões sobre a importância da educação como um capacitador da justiça social e os desafios educacionais que surgem como resultado do papel transformador da tecnologia. Aqui estão alguns pontos-chave do vídeo:

  • Em quais fatores e variáveis devemos trabalhar para melhorar os sistemas educacionais em ambientes vulneráveis?  Há sempre uma primeira dimensão de condições básicas, de dignidade, na infraestrutura das escolas, no equipamento básico, que é o piso mínimo, as condições sociais mínimas que por vezes faltam nos contextos mais vulneráveis. Afastando-se deste plano de maior urgência, é necessário garantir níveis de conteúdo educacional. Ou seja, os professores têm capacidades diferentes, muito diversas e desiguais, e é necessário acompanhar o processo de ensino com bons materiais, sejam educacionais, digitais ou ambos, que enriqueçam a sala de aula, os ambientes de aprendizagem e que proporcionem propostas de continuidade.
  • Se as tecnologias vão desempenhar um papel transformador importante na sociedade nos próximos 15 anos, como é que isso vai afetar os ambientes vulneráveis? O acesso à Internet tem que ser concebido como um direito humano que permite o acesso a outros direitos. É necessário multiplicar os processos que já vimos em funcionamento e pensar em que dinâmicas nos permitem acelerar os processos educacionais ou a adaptação da tecnologia em ambientes muito vulneráveis. Não devemos começar do zero porque já existe um caminho, embora nem todas as respostas estejam no passado, devemos continuar a olhar para o que a tecnologia nos permite fazer no futuro.
  • Do ponto de vista da equidade, o que define o DNA de um sistema educacional? A estrutura social é fundamental: os países com maiores desigualdades têm sistemas de educação menos equitativos. No entanto, aprendemos que os sistemas educacionais com maior capacidade de integração social das diferenças; por exemplo, os que têm escolas abrangentes (onde o ensino secundário tem um percurso comum maior e não tanto a separação ou o seguimento em idade precoce) contribuem para a equidade. Outro elemento importante é o papel dos professores, a posição do ensino como fator equalizador, de reequilíbrio, onde os professores são os agentes para a instalação da justiça educacional na sala de aula através de projetos que sabem trabalhar com a diversidade.
  • Você acha que uma transformação social é necessária para provocar uma mudança na escola? As mudanças mais profundas provêm de mudanças mais amplas na sociedade. A educação tem sempre um teto; no entanto, aquilo que não muda a curto prazo não pode se tornar uma desculpa que impeça o repensar educacional.
  • Quais são os desafios educacionais para o século XXI na área digital? Não podemos mais pensar no digital como algo separado de outros processos. Vivemos em ambientes culturais tecnológicos. Não é mais uma ferramenta, é um ecossistema, parte da sociedade. A educação não pode ser pensada como algo físico ou virtual, temos de encontrar uma nova linguagem, temos de reimaginar a educação como algo expandido.

Biografia

É um defensor da educação pública como veículo de justiça social e vem trabalhando há 15 anos para reduzir as imensas desigualdades educacionais na América Latina e no federalismo argentino. Diretor da Escola de Educação da Universidade de San Andrés e Pesquisador Sênior em Educação do Cippec, editou dez publicações sobre o tema (Revivir las aulas, Viajes al futuro de la educación e América Latina después de PISA, entre outras) e recebeu o prêmio Konex em Educação para a década 2006-2016.

É doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Buenos Aires (UBA), após passar um ano no Instituto de Educação da Universidade de Londres. É formado em Ciências da Comunicação pela UBA e Mestre em Ciências Sociais e Educação pela FLACSO-Argentina. É professor de política educativa nas Universidades de San Andrés, Di Tella, FLACSO, Alberto Hurtado de Chile e Pedagógica da Província de Buenos Aires e há mais de 10 anos leciona Sociologia da Educação na UBA.

Na atualidade

Axel Rivas trabalha desde a Escola de Educação da Universidade de San Andrés, no desenho de uma nova política de educação digital. O desafio é determinar como o Estado deve conceituar as possibilidades de educação a partir do uso de Inteligência Artificial, Grandes Dados e várias plataformas de trabalho colaborativo online. Especificamente, trata-se de reimaginar o papel do Estado na América Latina nesta nova sociedade influenciada pelos avanços digitais. O objetivo geral é criar justiça educacional baseada em políticas estatais que abordem todas as possibilidades oferecidas pela tecnologia em ambientes educacionais.

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