Liderança da UNESCO para aliviar o impacto da COVID-19 no desenvolvimento educacional das comunidades mais vulneráveis

Dentre todas as iniciativas, vale destacar a importância das soluções propostas para combater a falta de conexão à internet por parte dos alunos.

Liderança da UNESCO para aliviar o impacto da COVID-19 no desenvolvimento educacional das comunidades mais vulneráveis

 

O fechamento de centros educacionais devido à pandemia afetou quase 70% dos estudantes no mundo. Isso representa mais de 1,2 bilhões de alunos de escolas e universidades.

Um dos maiores desafios que esta crise colocou é o da igualdade nestes novos processos de aprendizado a distância. A desigualdade digital tem se acentuado, principalmente para que as populações mais vulneráveis, que não possuem conectividade ou dispositivos eletrônicos, possam dar continuidade ao seu processo de ensino. O fechamento de escolas acentuou as desigualdades na educação e atingiu os mais vulneráveis. A UNESCO estima que pelo menos 500 milhões de crianças e jovens em todo o mundo correm o risco de exclusão da oferta educacional, por falta de conectividade. Cerca de 56 milhões de estudantes vivem em regiões sem cobertura móvel, quase metade deles na África.

Existem várias iniciativas e organizações que trabalham para que todos os estudantes possam dar continuidade ao seu processo de aprendizado a distância e concluir com sucesso o ano letivo. O investimento no aprendizado a distância estabelece outras abordagens e o desenvolvimento de sistemas de educação mais abertos e flexíveis.

Nesse contexto, nasceu a Global Education Coalition, uma coalizão mundial lançada pela UNESCO, que reúne mais de 100 parceiros, entre organizações internacionais, empresas privadas, fundações, ONGs e meios de comunicação. O principal objetivo dessa união é a busca de oportunidades de aprendizagem inclusiva para alunos de todas as idades e localidades, durante o período de confinamento, promovendo assim a inclusão e a igualdade.

Uniram-se a essa iniciativa instituições como Khan Academy, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Microsoft, Google, Facebook, meios de comunicação como a BBC, com um programa de difusão de conteúdos educativos, e a Fundação ProFuturo.

Essa coalizão mundial pela educação é uma parceria de participação aberta, na qual os colaboradores contribuem com o processo educativo remotamente, oferecendo soluções, ferramentas e serviços gratuitos para que os alunos possam continuar aprendendo em casa. Ela é centrada em trabalhar de acordo com as necessidades de cada um dos países, analisando o contexto e as soluções propostas. As etapas que segue o processo dessa coalizão são:

  • Promover e mobilizar. Localizar e reunir todos aqueles recursos para atender a uma necessidade.
  • Propor medidas de impacto que cheguem aos alunos de qualquer região, pois o objetivo é promover a igualdade e chegar aos mais desfavorecidos.
  • Reunir os membros da coalizão, propondo estratégias e soluções efetivas e imediatas.
  • Desenvolver soluções tecnológicas gratuitas, seguras e igualitárias por meio da utilização de meios tradicionais, como rádio e televisão, para chegar àqueles que não possuem dispositivos eletrônicos e para que eles possam continuar suas formações a distância. E, por outro lado, proporcionar ferramentas digitais aos docentes, familiares e alunos para que possam dar continuidade ao seu processo de aprendizado a distância.

A fim de responder e aliviar o efeito negativo do confinamento no desenvolvimento educacional das comunidades mais vulneráveis, a UNESCO trabalhou com os ministérios dos países afetados para garantir o aprendizado por meio de vários canais. Tudo começou com a criação da coalizão mundial para ajudar cada um dos países a melhorar seus processos de aprendizado a distância e atingir as comunidades com maior risco de exclusão. Soluções inclusivas de aprendizado a distância têm sido difundidas de acordo com o contexto de cada região, para quem tem tecnologia e conectividade e para quem não tem. Webinars são oferecidos a todos os envolvidos na melhoria e na promoção da educação inclusiva. Compartilhando assim informações sobre o trabalho que está sendo realizado em cada um dos países. Além disso, e como complemento ideal, foram realizadas várias oficinas temáticas de intercâmbio de conhecimentos.

Dentre todas as iniciativas, destaca-se a importância das soluções propostas para combater a falta de conexão à Internet pelos alunos. Por esse motivo, as principais operadoras de telefonia móvel que fazem parte da Global Education Coalition da UNESCO oferecem acesso gratuito a recursos educacionais on-line a alunos de praticamente todas as regiões do mundo afetadas pelo fechamento dos centros educacionais. Na África Subsaariana, a Orange oferece acesso gratuito a plataformas de aprendizagem credenciadas em Burkina Faso, Guiné, Mali e República Democrática do Congo. A iniciativa também foi aplicada em países como Egito, Jordânia, Marrocos e Tunísia, onde foi disponibilizada gratuitamente a conexão de todos os conteúdos educacionais.

Por outro lado, a Vodafone ofereceu um cartão SIM gratuito a cerca de 80.000 estudantes com acesso ilimitado a dados de todas as plataformas educacionais cobertas pela UNESCO. Foi feita uma seleção de recursos digitais de aprendizado para que governos, escolas, docentes, familiares e alunos possam dar continuidade à sua formação a distância. Entre as soluções de aprendizado a distância, a UNESCO também divulgou uma lista de plataformas com recursos para docentes, familiares e alunos por meio de seu site. Eles foram organizados e classificados por categorias:

Por sua vez, a Fundação ProFuturo, como uma das integrantes da coalizão criada pela UNESCO, tem contribuído oferecendo sua plataforma digital de aprendizado a toda a comunidade educacional, disponibilizando mais de 160 cursos e 2.800 horas de treinamento à comunidade educacional em diferentes idiomas, para que docentes e alunos possam dar continuidade ao processo de aprendizado a distância. Com a hashtag #AGenteSeVêEmDigital, foi possível compartilhar a iniciativa em 38 países da América Latina, Caribe, África e Ásia. Cumprindo a sua missão fundamental, tem conseguido aproximar ainda mais o seu programa das regiões mais vulneráveis do mundo, promovendo a igualdade e ajudando a reduzir as lacunas sociais por meio de uma intervenção educativa.

Acesse o site para obter mais informações:

UNESCO

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