Repensando o Sentido da Educação

Durante décadas, o debate educacional tem girado em torno dos conteúdos, das metodologias e da avaliação. Mas será que já refletimos o suficiente sobre o verdadeiro propósito da educação? Atualmente, vivemos em um sistema obcecado por resultados e notas. Mas onde ficou a educação que forma, que transforma e que desperta? Nesta conversa, Carlos Magro nos convida a questionar o modelo atual, explorar as limitações do ensino vigente e propor uma educação que priorize a aprendizagem, o pensamento crítico e a paixão pelo conhecimento.

Repensando o Sentido da Educação

Para que educamos? Qual é o sentido da escola hoje? Qual o papel dos vínculos, dos processos e da tecnologia em uma sociedade obcecada por resultados? Essas são algumas das perguntas que surgem ao longo da nossa conversa com Carlos Magro, presidente da Asociación Educación Abierta e especialista em políticas educacionais e transformação pedagógica.

Ao longo da conversa, Magro nos convida a fazer um profundo exercício de reflexão coletiva sobre os fins da educação. “Enquanto não tivermos claro o porquê, é difícil pensar no como”, afirma. Um dos eixos centrais de sua análise é a crítica a uma cultura escolar excessivamente focada na obtenção de resultados, notas e certificados, em detrimento dos processos de aprendizagem. Essa lógica, ele adverte, acaba minando o que há de mais valioso no ato educativo: o acompanhamento, o desenvolvimento do pensamento crítico e a construção de uma relação significativa com o conhecimento.

A entrevista também aborda os desafios da integração da tecnologia na escola. Longe de cair em entusiasmos simplistas ou rejeições reativas, Magro defende que a tecnologia, por si só, não é solução mágica nem ameaça inevitável. Ele destaca a urgência de desenvolver uma alfabetização tecnológica crítica — especialmente no que diz respeito à inteligência artificial generativa — que permita a professores e estudantes compreender e gerir seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem.

Nesta conversa, Carlos Magro não oferece receitas rápidas nem soluções simples. O que ele propõe é algo mais complexo e necessário: olhar a educação sob outra perspectiva — uma que priorize as pessoas, os vínculos, os processos — e que esteja disposta a dialogar sobre os problemas reais da escola contemporânea, sem escondê-los nem simplificá-los.

Este vídeo é um convite aberto a professores, famílias, gestores educacionais e estudantes para repensarmos juntos qual educação queremos e precisamos. Uma conversa imprescindível, lúcida e comprometida, que nos lembra que transformar a escola começa por devolver a ela o seu sentido.

 

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