União sem fronteiras transforma escola de Manaus

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União sem fronteiras transforma escola de Manaus

Agosto de 2018 foi um mês inesquecível para mim e para a escola que trabalho como formadora do Aula Digital ProFuturo. Durante duas semanas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Lili Benchimol de Manaus, capital do estado do Amazonas, recebeu o Vacaciones Solidárias do programa global de Voluntariado da Fundação Telefonica que seleciona colaboradores do […]

Agosto de 2018 foi um mês inesquecível para mim e para a escola que trabalho como formadora do Aula Digital ProFuturo. Durante duas semanas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Lili Benchimol de Manaus, capital do estado do Amazonas, recebeu o Vacaciones Solidárias do programa global de Voluntariado da Fundação Telefonica que seleciona colaboradores do Grupo para doar 15 dias de suas férias colaborando com ações sociais e educativas ao redor do mundo. Além de brasileiros, tinha gente da Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Peru e Venezuela. Todos reunidos para promover uma transformação social, com muita dedicação e espírito colaborativo.
 

A escola está localizada no bairro Colônia Antônio Aleixo, a região tem uma história interessante. Constituído na década de 30 por trabalhadores dos seringais da Amazônia, o local passou a ser ocupado por portadores de hanseníase, conhecida como Lepra. Isso porque a região era isolada e o trajeto até a cidade só era possível navegando pelo Rio Negro.

A população aumentou com a abertura da estrada que interligou o bairro a Manaus, por volta de 1967. Uma área foi loteada e distribuída às famílias dos pacientes, em uma tentativa de integrá-los à sociedade. Atualmente, o bairro possui cerca de 60 mil habitantes, com funcionamento de olaria, padaria, marcenaria, cooperativa de costureira, produção de farinha, horta comunitária e, claro, a Escola Lili Benchimol.

O Vacaciones Solidárias veio para atender a três pedidos da escola: recuperar a horta, potencializar a alfabetização e o interesse pela leitura e ampliar as possibilidades de inclusão de alunos com deficiência. Durante duas semanas, trabalhamos com a metodologia design thinking para encontrar soluções para os desafios propostos.

Tornar a escola mais atrativa

Para tornar a escola mais atrativa, investimos na ressignificação de espaços com revitalizações pensadas junto com a escola, como a Casa da Vovó, um espaço de incentivo à leitura. Para torná-la mais inovadora, os voluntários implementaram os conteúdos do Aula Digital ProFuturo de forma lúdica e regionalizada, dentro do contexto amazônico. Pensando na inclusão, os voluntários também atuaram em conjunto com os profissionais da escola e alunos para melhorar o uso dos materiais já existentes e promover uma maior sensibilização das educadoras e valorização das diferenças.

O resultado foi incrível! Na primeira semana, os voluntários deram aulas sobre suas culturas. As crianças ficaram encantadas por conhecer outros lugares do mundo. Na semana seguinte, ocorreu a entrega dos projetos desenvolvidos pelos voluntários: a reinauguração da nova Casa da Vovó reformada com doação de livros novos e horta revitalizada para incentivar práticas ambientais. Foi emocionante ver a conexão que se criou entre as crianças e os voluntários em tão pouco tempo!

Queria destacar o trabalho em conjunto realizado não só pelos voluntários e funcionários da escola, mas também pela Fundação Telefônica Vivo e pelos parceiros ASID – Ação Social para Igualdade das Diferenças e FVA – Fundação Vitória Amazônica. Juntos, todos deram seu melhor e fizeram desse projeto um marco inesquecível na vida da comunidade e, principalmente, das crianças da escola.

A utilização das ferramentas do Aula Digital ProFuturo contribuiu com a construção de uma aprendizagem significativa por meio de atividades que apoiavam aos eixos abordados. Com a presença dos voluntários, também foi possível trabalhar questões como multiculturalismo e o aspecto socioemocional.

ProFuturo deixou um legado maravilhoso na escola. Com o projeto, os funcionários se aproximaram mais. Após o Vacaciones, e com a ajuda dos voluntários, as professoras sentiram mais segurança na utilização do equipamento digital. Os tablets são sempre usados como recurso de apoio às aulas, o que permite que as crianças desenvolvam as competências como cultura digital, cooperação e empatia.

Foi tudo inesquecível e enriquecedor para todos que participaram do programa. Já estamos com saudades!

*Relato de Amanda Araújo, formadora do Aula Digital em Manaus/AM.

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